terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vida depois da Morte Vs. Morte depois da Vida


Já ouviram falar, de certo, em Anne Germain, aquela senhora de ar puritano que participa no programa da Julinha Pinheiro, “Depois da Vida”, no qual a Anocas conecta o mundo físico com outro mundo que ainda não percebi muito bem qual é… se das fadas madrinhas rodeadas de pozinhos de perlim pim pim, se dos gnomos irlandeses que trabalham arduamente em minas de carvão… pelo menos é como me sinto depois de ver este programa… dorido como se tivesse sido vitima de mão-de-obra escrava em gloriosos tempos coloniais…

No programa há sempre um convidado que NUNCA falou nem NUNCA viu a senhora Anne Germain, aliás o convidado NEM conhece o conteúdo do programa, só se apercebe do que se trata depois de Anne abrir a boca, interiorizando nesse exacto momento que o programa é denominado “Depois da Vida” por uma razão muito simples… É que a Sra. Germain já está morta!!!! Note-se a tamanha passividade, movimentos involuntários raros e maneira de falar arrastada, como se tivesse acabado de sofrer um AVC, demonstram que Anne Germain já não está entre nós… R.I.P. (Risos Incontinentes e Palermas)

Posso arriscar um pouco mais sugerindo que, ao invés de “Depois da Vida”, o título fosse “Depois da Morte”, uma vez que a questão essencial se prende com a problemática da Aceitação… Anne Germain já morreu mas está ainda naquela primeira fase de negação… “Morta, eu? Ah, ah… que engraçado Sr. Elvis Presley”… ou então, “Não percebo, está escuro e há pouco ar dentro desta caixa de madeira coberta de terra…” e por aí fora…

Existe algo muito estranho nas comunicações da médium com o além, todas as presenças que surgem no estúdio são sempre de pessoas lindas, extraordinárias, que vêem em paz, cheias de luz, cores, sorrisos e que passam o programa todo a dar abracinhos aos convidados… tão lindo… Mas afinal a mulher comunica com pessoas que já morreram ou com os ursinhos carinhosos???

Respeito incondicionalmente as descrições que Anne Germain faz dos mortos viventes, são tão pormenorizadas e com tal exactidão que levam os convidados a níveis incalculáveis de êxtase… “Será a minha mãezinha? Não, já sei… é meu canário Roberto… não… eh pah, ou é a minha avó materna ou aquele transexual Brasileiro com o qual estive uma vez, mas atenção que estava muito bêbedo… vá lá…tinha bebido uma ou duas cervejas nessa noite…”

Hoje em dia aposta-se fortemente, e bem, nas energias renováveis. Seguindo esta linha porque não apostar também em Anne Germain? Porque não? A Sra. recebe tantas, mas tantas energias provenientes do outro mundo que dava para fazer dela uma central eléctrica capaz de envergonhar a EDP e com potência suficiente para alimentar meia Europa com custos reduzidíssimos, bastando deitar a Anocas num divã e dar-lhe umas latas de atum para que se aguente enquanto convive com os seus amiguinhos defuntos.

Não, eu não me estou a esquecer da Julinha Pinheiro, faz todo o sentido que esteja em estúdio. Gostaria de explicar que, ao contrario do que parece, a Júlia na verdade não está a traduzir as palavras de Anne Germain… Anne, para além de médium, é uma ventríloqua que apenas treme os beiços enquanto o seu braço, enfiado dentro de Júlia Pinheiro (não me perguntem como…), faz mexer a sua boca dando a ideia de que está a falar… Fica assim explicado o facto de Anne Germain praticamente não se mexer nem levantar a cabeça… é uma tentativa de ocultação da “Anne ventríloqua” e da “Júlia fantoche”, que não me passaram despercebidas!

Conclui-se que no embate “Vida depois da Morte Vs. Morte depois da Vida” não há vencedores, há um espécie de empate em cadeia através de uma falecida Anne Germain que comunica com mortos vivos carinhosos cujas mensagens gays e enfadonhas fluem através de Anne e são expelidas pela enorme boca de Júlia Pinheiro qual animal bovino sendo ordenhado por um anónimo produtor de leite chateado com a vida.

1 comentário:

  1. central electrica LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL
    DEMAIS!!!


    Continua, keremos mais mais mais :D :D

    bjs kika

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